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Cidade das Almas Adormecidas

by El Efecto

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1.
Nós precisamos de comida, água e luz Eles conservam a fome, a seca e a escuridão Nós precisamos lutar contra as diferenças sociais Eles precisam lucrar cada vez mais Necessidades básicas! Mas quem são eles? Quem somos nós? Será que nós é que são eles ou eles que somos nós? Mas quem são eles? Quem somos nós? Quanto de nós existe neles e quanto deles existirá em nós? Nós precisamos de informação para inverter Eles precisam da ignorância para se manter Nós precisamos de informação para inverter Eles precisam entreter para ignoranciar Nós se movemos parados, nós se falamos calados Nós sustentamos um desenvolvimento insustentável. Eles nos movem parados, eles nos falam calados Eles sustentam um desenvolvimento insustentável Necessidades básicas! Mas quem são eles? Quem somos nós? Será que nós é que são eles ou eles que somos nós? Mas quem são eles? Quem somos nós? Quanto de nós existe neles e quanto deles existirá em nós? O que importam pra você? Quem se importa com você? Impor tantos importados Impossível
2.
Olhe ao ser redor Será que já é hora de mudar? Todos já tem novas coisas pra gostar O tempo passou e você simplesmente estagnou, não acompanhou Quando eu parei e olhei pra trás Eu nada vi Perde a vez se é o mar que te navega Perde a vez se a embriaguez oculta a sua dor Sem lucidez não percebe o que te cerca O vento sopra e te carrega pra onde for Pra que discutir se eu não quero me estressar? Sou feito de certezas e proezas na mesa do bar Quer descontrair? Então puxa uma cadeira e vem Me ouvir falar Vem me ouvir falar sobre mim sem parar Minha palavra é lei, dessa fase eu já passei Evoluí Perde a vez se é a vida que te leva Perde a vez na filosofia do Zeca Pagodinho Na boemia saudosista você se entregou Você se entregou Negou a própria raça Cavou a própria cova
3.
Gado sem pasto, passarinho sem alpiste apenas três pratos de trigo para trinta tigres tristes Na fila pro abate a gente aguarda a solução Olho por olho, dente por dente E a gente acaba cego, banguela e doente Teu tênis novo me chuta a barriga Teu sorriso estampado me causa intriga Qual violência será mais nociva? Te roubam a carteira e de mim roubam a vida Enquanto isso você continua a levar sua vida costumeira Ai meu deus! De que lado você está? - Mãos ao alto! -Isso é um assalto! -Passa a carteira e o celular É chegada a hora de você compartilhar O canivete que o pivete mete contra o seu pescoço Te obriga a ser mais generoso Mas tu tem ódio e só olha pro próprio umbigo Só fala em justiça quando acontece contigo Não vê que todos juntos somos parte de um todo E se alguém tem muito é porque outro alguém tem pouco Desfila na avenida e não percebe a agressão A indiferença é a doença que apodrece o coração Quem rouba pouco é ladrão Quem rouba muito é barão Quem rouba e ainda se esconde Passa de barão a visconde Ladrão que rouba ladrão é quem? Não há quem não queira um vintém Quem é que me ensina a pescar? Sem vara, sem peixe e sem mar
4.
A vida imita a arte, quem foi que me disse que não? Você merece um Oscar pela tua atuação Difícil é distinguir o que é real do que é ficção Hollywood não perdoa não Nesse show, garanta logo a sua poltrona Nesse show, seja um elegante e inofensivo espectador Pela estrada a fora tudo que se vê tem motivo algum Cada um na sua mas com alguma coisa em comum Gisele Bündchen, Brad Pitt no outdoor e na parede do quarto Não é à toa... Hollywood não perdoa...
5.
Manso sopra o vento um acalanto brando embala o tempo parece suspenso imenso sossego sonolento no silêncio hibernador vagando no nada de nova novela Comala é aqui. Confuso, banzo, zanza zonzo ouve vozes a sussurrar. Sombras, imagens, miragens da imaginação Serás sempre bem vindo Há sempre alguém para te atender sorrindo Viva a docilidade e a cordialidade Tudo é miragem A gente se vê por aqui
6.
Nunca é tarde pra se libertar Despertar, não mais temer Hoje eu decidi ir andar por andar. Será melhor assim Desfruto os frutos do caminho Já não me preocupa o fim! As varandas e as janelas que agora estão tão vazias Estarão tão cheias logo mais... As fachadas sempre tão belas Mas nunca belas o bastante nunca é o bastante sempre mais! Nunca mais! Madrugada tão tranquila Eis que um grito de alegria Traz o dia e a vida reinicia sai o sol! Sai o sol a abençoar! A minha felicidade é o agito da cidade A novidade que caiu do céu Grandes causas mobilizam As pessoas são tão boas No hospital não vai ninguém mas no enterro sempre todo mundo vem A chorar... registrar o seu pranto. Quando já não há o que fazer é a hora que você vê Quando já é tarde demais é a hora em que você faz Quando já foram mais de cem é a hora que você vem Quando a tragédia te alcançar só então vão rolar Mil lágrimas em vão, milagres não virão como eu, do céu ao chão As pessoas e a calçada que agora se aproximam estarão vazias logo mais As tragédias sempre tão belas, mas nunca belas o bastante nunca é o bastante. Sempre mais! O tempo iguala tudo no final, transforma o absurdo em natural!
7.
Como qualquer outra coisa à toa já é suficiente pra saber Quero outra coisa, quero ir além do que os meus olhos veem O infinito em um segundo, Do raso, perceber o que há de mais profundo Por mais que voltas dê, é simples Só quem quer não vê que nada é em vão e teima em alcançar tudo com a mão Sem ter razão pra rir Não vá fingir que tudo vai ser mais feliz Um belo dia despertou e viu que além dos fatos viu Pra cada gesto uma razão A cada certeza uma ilusão Mas também viu que estava a par, de uma ímpar situação Por temer o isolamento se isolou na multidão Sem ter razão pra rir Não vá fingir que tudo vai ser mais feliz
8.
Eu vou comprar um colar cheio de brilhantes Pra me enforcar Venham me ver sangrando Paguem pra ver meu pranto Eu vou comprar um perfume O mais fino aroma de estrume E você vai gostar Também as mais belas rosas vermelhas e brancas Pra ficar tão bonito na hora de me enterrar Venham me ver sangrando Paguem pra ver meu pranto Pra solucionar, fazer passar sua tristeza Teo vai às compras Compras que irão encher seu coração De amor e de ilusão Eu tô plantando uma semente em sua mente Mais você mente assim tão naturalmente Esse choro não é choro é só um lamento Para que saibas o que sinto no momento Eu fui colher do que plantei não sobrou nada Tudo que eu falo você acha que é piada Não chores querida, somente vou embora Saio da vida para poder entrar pra história E nos seus braços morrerei como num filme da televisão... Eu vou comprar muitos livros Pra quando você chegar Vou pôr na estante só para enfeitar É cultivando uma vida dura Que vou comprar uma cobertura Pra me jogar de lá de cima e até o sol Vai sentir dó sustenido de mim Venham me ver sangrando Paguem pra ver meu pranto Vendam cartaz do santo Vem ver quebrar o encanto
9.
De deuses e demônios eu não quero nem saber Escravizam sua mente incoerente Vivendo em função de algo ou de alguém E eu e tu e eles e nós?! Marionetes de quem?! Demônios diferentes fazem a fé e a fé faz. Demônios diferentes fazem a fé e a fé faz. Guerra dentro e fora da sua mente Guerra! Gentilmente gente mente Mas se eu amo Alah, se eu louvo Alah Buda ou Jah, Jesus Cristo ou a Xuxa. Capeta, buceta, escopeta, punheta, maconha, dinheiro, dinheiro, dinheiro! Demônios diferentes fazem a fé e a fé faz. Demônios diferentes fazem a fé e a fé faz. Pare e pense naquilo que você faz, se isso te satisfaz. se foi você quem escolheu. Você ou eu?! Bonde do evangelho tão querendo nos pegar! Eles vêm de Kombi para nos catequizar!
10.
Pula de galho em galho macaco de imitação Era oito hoje é um milhão Metade macaco metade camaleão Nada pelo ar, a espera de um vilão Super-Conservador, conserve a sua dor teu desprezo é frustração metade macaco metade vegetação Superados por superstições se todo mundo diz que é bom, pra mim tá bom também mas há um abismo imenso entre o bom senso e o senso comum Gira a vida infinita egos cegos a bailar farsa valsa falso bem esconde o que vem Réquiem! descanse em paz eterna condenados a bailar Ó espetáculo perverso! Sangra a carne a putrefar e a ciranda sem fim prosseguirá Brindemos, comamos, nos fartemos à vontade A gargalhar babando bebamos no gargalo o culto à continuidade pois no baile mascarado, celebração suprema da liberdade vive-se enfim o prazer pleno isento do peso da responsabilidade E quanto mais cruel castiga o massacre mais alto toca a orquestra Brindemos, comamos, dancemos A vida é um baile, a vida é uma festa.

credits

released October 18, 2008

Tomás Rosati - voz, percussão, flauta e cavaquinho
Bruno Danton - voz, guitarra, flauta e trompete
Diogo Furieri - voz, guitarra e violão
Uirá Bueno - bateria, metalofone e percussão
Eduardo Baker - baixo

Pedro Lima - violão
Lucas Maia e Conrado Kempers - violinos
Luis Carlos Justi - oboé
Bruno de Castro - flauta
Fernanda, Georgia, Carolina, Clara, Mariana, Conrado, Tomás, Danton, Diogo, Uirá e Eduardo - coro

Arte: Fernanda Dutra
Programação Visual: Rodrigo Danton e El Efecto

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El Efecto Rio De Janeiro, Brazil

El Efecto is a sextet created in 2002 in Rio de Janeiro, Brazil, from the desire to
compose songs based on the most different kinds of musical influences and the interest
in taking part in the debates about conflicts in modern social life.
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