1. |
Necessidades Básicas
06:59
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Nós precisamos de comida, água e luz
Eles conservam a fome, a seca e a escuridão
Nós precisamos lutar contra as diferenças sociais
Eles precisam lucrar cada vez mais
Necessidades básicas!
Mas quem são eles? Quem somos nós?
Será que nós é que são eles ou eles que somos nós?
Mas quem são eles? Quem somos nós?
Quanto de nós existe neles e quanto deles existirá em nós?
Nós precisamos de informação para inverter
Eles precisam da ignorância para se manter
Nós precisamos de informação para inverter
Eles precisam entreter para ignoranciar
Nós se movemos parados, nós se falamos calados
Nós sustentamos um desenvolvimento insustentável.
Eles nos movem parados, eles nos falam calados
Eles sustentam um desenvolvimento insustentável
Necessidades básicas!
Mas quem são eles? Quem somos nós?
Será que nós é que são eles ou eles que somos nós?
Mas quem são eles? Quem somos nós?
Quanto de nós existe neles e quanto deles existirá em nós?
O que importam pra você?
Quem se importa com você?
Impor tantos importados
Impossível
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2. |
Conforme a Música
04:28
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Olhe ao ser redor
Será que já é hora de mudar?
Todos já tem novas coisas pra gostar
O tempo passou e você simplesmente
estagnou, não acompanhou
Quando eu parei e olhei pra trás
Eu nada vi
Perde a vez se é o mar que te navega
Perde a vez se a embriaguez oculta a sua dor
Sem lucidez não percebe o que te cerca
O vento sopra e te carrega pra onde for
Pra que discutir se eu não quero me estressar?
Sou feito de certezas e proezas na mesa do bar
Quer descontrair? Então puxa uma cadeira e vem
Me ouvir falar
Vem me ouvir falar sobre mim sem parar
Minha palavra é lei, dessa fase eu já passei
Evoluí
Perde a vez se é a vida que te leva
Perde a vez na filosofia do Zeca Pagodinho
Na boemia saudosista você se entregou
Você se entregou
Negou a própria raça
Cavou a própria cova
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3. |
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Gado sem pasto, passarinho sem alpiste
apenas três pratos de trigo para trinta tigres tristes
Na fila pro abate a gente aguarda a solução
Olho por olho, dente por dente
E a gente acaba cego, banguela e doente
Teu tênis novo me chuta a barriga
Teu sorriso estampado me causa intriga
Qual violência será mais nociva?
Te roubam a carteira e de mim roubam a vida
Enquanto isso você continua a levar sua vida costumeira
Ai meu deus! De que lado você está?
- Mãos ao alto! -Isso é um assalto! -Passa a carteira e o celular
É chegada a hora de você compartilhar
O canivete que o pivete mete contra o seu pescoço
Te obriga a ser mais generoso
Mas tu tem ódio e só olha pro próprio umbigo
Só fala em justiça quando acontece contigo
Não vê que todos juntos somos parte de um todo
E se alguém tem muito é porque outro alguém tem pouco
Desfila na avenida e não percebe a agressão
A indiferença é a doença que apodrece o coração
Quem rouba pouco é ladrão
Quem rouba muito é barão
Quem rouba e ainda se esconde
Passa de barão a visconde
Ladrão que rouba ladrão é quem?
Não há quem não queira um vintém
Quem é que me ensina a pescar?
Sem vara, sem peixe e sem mar
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4. |
Terra da Fantasia
03:15
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A vida imita a arte, quem foi que me disse que não?
Você merece um Oscar pela tua atuação
Difícil é distinguir o que é real do que é ficção
Hollywood não perdoa não
Nesse show, garanta logo a sua poltrona
Nesse show, seja um elegante e inofensivo espectador
Pela estrada a fora tudo que se vê tem motivo algum
Cada um na sua mas com alguma coisa em comum
Gisele Bündchen, Brad Pitt no outdoor e na parede do quarto
Não é à toa...
Hollywood não perdoa...
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5. |
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Manso sopra o vento
um acalanto brando
embala o tempo
parece suspenso imenso
sossego sonolento
no silêncio hibernador
vagando no nada de nova novela Comala é aqui.
Confuso, banzo,
zanza zonzo
ouve vozes a sussurrar.
Sombras, imagens, miragens da imaginação
Serás sempre bem vindo
Há sempre alguém para te atender sorrindo
Viva a docilidade e a cordialidade
Tudo é miragem
A gente se vê por aqui
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6. |
O Último Partido Alto
07:01
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Nunca é tarde pra se libertar
Despertar, não mais temer
Hoje eu decidi ir andar por andar.
Será melhor assim
Desfruto os frutos do caminho
Já não me preocupa o fim!
As varandas e as janelas que agora estão tão vazias
Estarão tão cheias logo mais...
As fachadas sempre tão belas
Mas nunca belas o bastante
nunca é o bastante
sempre mais! Nunca mais!
Madrugada tão tranquila
Eis que um grito de alegria
Traz o dia e a vida reinicia sai o sol!
Sai o sol a abençoar!
A minha felicidade é o agito da cidade
A novidade que caiu do céu
Grandes causas mobilizam
As pessoas são tão boas
No hospital não vai ninguém
mas no enterro sempre todo mundo vem
A chorar...
registrar o seu pranto.
Quando já não há o que fazer é a hora que você vê
Quando já é tarde demais é a hora em que você faz
Quando já foram mais de cem é a hora que você vem
Quando a tragédia te alcançar só então vão rolar
Mil lágrimas em vão, milagres não virão como eu, do céu ao chão
As pessoas e a calçada que agora se aproximam
estarão vazias logo mais
As tragédias sempre tão belas, mas nunca belas o bastante
nunca é o bastante. Sempre mais!
O tempo iguala tudo no final, transforma o absurdo em natural!
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7. |
Canto do Aleph
06:46
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Como qualquer outra coisa à toa já é suficiente pra saber
Quero outra coisa, quero ir além do que os meus olhos veem
O infinito em um segundo,
Do raso, perceber o que há de mais profundo
Por mais que voltas dê, é simples
Só quem quer não vê que nada é em vão e teima em alcançar tudo com a mão
Sem ter razão pra rir
Não vá fingir que tudo vai ser mais feliz
Um belo dia despertou e viu que além dos fatos viu
Pra cada gesto uma razão
A cada certeza uma ilusão
Mas também viu que estava a par, de uma ímpar situação
Por temer o isolamento se isolou na multidão
Sem ter razão pra rir
Não vá fingir que tudo vai ser mais feliz
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8. |
Teo vai às Compras
05:59
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Eu vou comprar um colar cheio de brilhantes
Pra me enforcar
Venham me ver sangrando
Paguem pra ver meu pranto
Eu vou comprar um perfume
O mais fino aroma de estrume
E você vai gostar
Também as mais belas rosas vermelhas e brancas
Pra ficar tão bonito na hora de me enterrar
Venham me ver sangrando
Paguem pra ver meu pranto
Pra solucionar, fazer passar sua tristeza
Teo vai às compras
Compras que irão encher seu coração
De amor e de ilusão
Eu tô plantando uma semente em sua mente
Mais você mente assim tão naturalmente
Esse choro não é choro é só um lamento
Para que saibas o que sinto no momento
Eu fui colher do que plantei não sobrou nada
Tudo que eu falo você acha que é piada
Não chores querida, somente vou embora
Saio da vida para poder entrar pra história
E nos seus braços morrerei como num filme da televisão...
Eu vou comprar muitos livros
Pra quando você chegar
Vou pôr na estante só para enfeitar
É cultivando uma vida dura
Que vou comprar uma cobertura
Pra me jogar de lá de cima e até o sol
Vai sentir dó sustenido de mim
Venham me ver sangrando
Paguem pra ver meu pranto
Vendam cartaz do santo
Vem ver quebrar o encanto
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9. |
Deuses e Demônios
04:06
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De deuses e demônios eu não quero nem saber
Escravizam sua mente incoerente
Vivendo em função de algo ou de alguém
E eu e tu e eles e nós?!
Marionetes de quem?!
Demônios diferentes fazem a fé e a fé faz.
Demônios diferentes fazem a fé e a fé faz.
Guerra dentro e fora da sua mente
Guerra! Gentilmente gente mente
Mas se eu amo Alah, se eu louvo Alah
Buda ou Jah, Jesus Cristo ou a Xuxa.
Capeta, buceta, escopeta, punheta, maconha, dinheiro,
dinheiro, dinheiro!
Demônios diferentes fazem a fé e a fé faz.
Demônios diferentes fazem a fé e a fé faz.
Pare e pense naquilo que você faz, se isso te satisfaz.
se foi você quem escolheu. Você ou eu?!
Bonde do evangelho tão querendo nos pegar!
Eles vêm de Kombi para nos catequizar!
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10. |
Fantasia em Lá Menor
10:21
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Pula de galho em galho macaco de imitação
Era oito hoje é um milhão
Metade macaco metade camaleão
Nada pelo ar, a espera de um vilão
Super-Conservador, conserve a sua dor
teu desprezo é frustração
metade macaco metade vegetação
Superados por superstições
se todo mundo diz que é bom, pra mim tá bom também
mas há um abismo imenso entre o bom senso e o senso comum
Gira a vida infinita
egos cegos a bailar
farsa valsa falso bem
esconde o que vem
Réquiem! descanse em paz eterna
condenados a bailar
Ó espetáculo perverso!
Sangra a carne a putrefar
e a ciranda sem fim prosseguirá
Brindemos, comamos, nos fartemos à vontade
A gargalhar babando bebamos no gargalo o culto à continuidade
pois no baile mascarado, celebração suprema da liberdade
vive-se enfim o prazer pleno isento do peso da responsabilidade
E quanto mais cruel castiga o massacre mais alto toca a orquestra
Brindemos, comamos, dancemos
A vida é um baile, a vida é uma festa.
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El Efecto Rio De Janeiro, Brazil
El Efecto is a sextet created in 2002 in Rio de Janeiro, Brazil, from the desire to
compose songs based on the most
different kinds of musical influences and the interest
in taking part in the debates about conflicts in modern social life.
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